Bonitinha mais ordinária


Seguindo o raciocínio sobre as mulheres safadas, vou contar um fato que aconteceu comigo mó tempo.
Quando eu ainda trampava de boy no Farmasa, devia ter uns 16 anos mais ou menos. Não tava namorando ninguém né meu, mas estava com os hormônios à milhão.
Ai no Farmasa tinha uma faxineira novinha chamava-se Maura, mais ou menos da minha idade na época, e recém chegada de Minas e tal. Ela era gostosinha, tinha uns peitão, era bonitinha, só não tinha bunda, mas dava pra dar uns apertos. E ela pagava uma madeira pra mim.
Ai um dia me deu a loca, e pensei: É o seguinte, não vou ficar batendo mais bronha pra essa mina não, vou logo pra cima e ver qualé que é. Quando ela ficou sozinha eu fui logo na cara dura e falei:
- E ai Maura, vamos sair aê?
Ela fez um charminho de cinco minutos, e logo retrucou:
- Ah, Daniel, a gente pode sair sim, mas só se você me der uma calça da Fórum ou da Zoomp.
Eu falei:
- O que? Repete?
Ela responde:
- É isso ai que você ouviu!
Retruquei:
- Se ta louca mina, eu trampo de boy. Minha mãe fez uma prestação no Carrefour de um 3X1, e jogou o carnê na minha mão pra eu pagar. E tem mais, as únicas calças que eu uso é Delhi e male má uma Versati, pois são as mais baratas. Agora chega voce ai toda caipirinha, e já quer me dar uma de pleyba?
Ah, esculachei na cara larga.
Ela, ficou fudida na hora. Pegou a vassorina, o frasco de Veja e as flanelas e saiu da sala onde eu trampava na neura.
Depois desse dia nunca mais eu bati punheta pensado nela, só de raiva.
Sai fora né meu, mina desse naipe eu to a pampa.

[Ouvindo: Tive Razão - Paula Lima - (5:05)]