18.8.05
Não é uma Coca Cola, mas essa é a real

O amor

Não há sentimento mais verdadeiro numa mulher do que o amor duma puta por um homem. As putas não se sentem na obrigação de amar ninguém. Quando amam um homem, então é verdade o que sentem. Elas raramente fazem a encenação do fingimento. Em questões emocionais, as putas têm um comportamento honesto e transparente. São ingénuas e infantis na relação com quem amam. A velha imagem do afectuoso compromisso da puta com um homem está associada à carência paternal. A puta vê sempre um pai ou um irmão mais velho numa relação que lhe ofereça segurança afectiva. O materialismo é uma questão secundária quando o amor é maior e corrompe a astúcia comercial da puta. Um beijo de amor duma puta é o acto mais humano e mais sagrado do universo. A intensidade como se entregam e a religiosidade sentimental do seu amor fazem as putas sentirem-se amantes de Deus. A puta ama um homem na base da sua religião emocional. É uma entrega inequívoca em relação ao homem e a Deus. As putas que frequentam a igreja, fazem-no não para o ritual do desvio dos seus pecados, mas para solidificarem a sua entrega ao santíssimo. Um homem que é amado por uma puta não se sente obrigatoriamente religioso, mas sente-se todavia tocado pelo sagrado. É como acreditar em Deus e não frequentar a igreja nem saber rezar. Nestes casos a sexualidade não é um plano prioritário na relação. A espiritualidade é o segundo sexo duma puta. E é nesse universo que se faz a conversão ao amor. Tudo é verdadeiro e inaugural como o primeiro amor e o primeiro beijo. Tudo é virginal como se as sensações de amar e ser amado fossem citações da Biblia.

by o escriturário

[Ouvindo: I've Fallen In Love With You - Joss Stone - (4:28)]

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