20.7.05

Mini contos.

A dependente química

Eliane era uma jovem bonita, cheirosa e de classe media achatada.
Sempre teve uma boa educação, seu pai era um metalúrgico aposentado da Cofap, e sua mãe era dona de casa.
Eliane trabalhava em um escritório de advocacia, e a coitada sofria hein, pois não passava de uma estagiaria sem remuneração, até a condução ela tinha que subsidiar.
Na hora do almoço ela abraçava um sanduba de mortadela e um Guaraná Antarctica caçulinha na padoca do bigode, pra não arrobar o orçamento de seu pai.
Ela era uma zerada total, mas tinha um agravante, aos longos dos anos Eliane tornou-se uma dependente química, gastava o que não tinha para satisfazer a suas vontades e seguir tendências, era uma isca fácil. Ela adorava umas "novidades".
Sua conta corrente parecia a camisa do Internacional de Porto Alegre, de tão vermelha que já tava, os únicos cartões que possuía era o telefônico e o bilhete único, nada mais, e mesmo assim se endividava.
Seus pais e amigos tentavam lhe ajudar, mas esforços eram em vão; Pois a sua dependência extrapolava a normalidade.
Certo dia, Eliane foi internada em uma clinica de reabilitação para dependentes, ficou 8 meses em tratamento, e quando deixou a clínica disse:
- Se alguma desgraçada me aparecer com aquelas revistinhas da Natura ou da Avon eu mato!

by: daniel paulo

[Ouvindo: Rita Jeep - Jorge Ben - (3:04)]

0 comentários:

SaravaClub*. Tecnologia do Blogger.