16.5.05
Quase a minha bike virou uma ambulância

Domingão eu não fiz nada. Só dei um rolê de bike meia boca, fui até o museu do Ipiranga e voltei pra casa.
Mas só que é o seguinte, quando eu estava indo pro museu eu vi uma mina na rua caída no chão tendo uma convulsão, caralho hein.
Confesso, eu pensei duas vezes em ajudar, pois eu estava bem apampa dando umas pedaladas e escutando um som do Jorge Ben no meu MD, mas ai a consciência pesou e eu ajudei. Nossa, a hora que eu cheguei perto da mina eu fiquei ate com medo, pensei que ela estava recebendo um espírito e tal. Ela olhou pra mim com a mesma cara da mina do filme do Exorcista, e na sequencia começou a tremer toda. Porra hein, ela tremia de um lado e eu do outro, e pensava:
- Meu, se ela falar com uma voz grossa ou começar a virar a cabeça pra trás eu largo essa porra aqui saio correndo...
E o pior é que não tinha ninguém pra ajudar, a mãe da mina não fazia porra nenhuma, não chorava, não gritava e muito menos ajudava a carregar, achava tudo normal, tinha também aquelas minas que ficam balançando aquelas bandeiras em porta de concessionárias de carros, e não fizeram nada também.
Mas eu me fodi viu. A mina era pesada pra cacete, pois vc carregar uma pessoa com o corpo duro é uma coisa, agora carregar uma pessoa com o corpo todo mole é foda, parece que o peso triplica e não tem um lugar certo pra pegar.
Eu levei a mina até uma kombi que estava próxima, que era de um veinho filho da puta que nem me ajudou a carregar a mina. Só sei que ela abriu a porta da kombosa, e eu coloquei a mina la dentro e sai fora.
Ah, vai se ferrar né meu, eu ia ficar me fodendo lá e a mãe da mina não estava nem ai. Catei a minha bike e sai fora, nem quis saber o desenrolar da historia.

[Ouvindo: Hit The Road Jack - Ray Charles - (1:54)]

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